quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

THE ARTIST E O CINEMA MUDO

Filme mudo na era 3D valoriza o passado do cinema.

De tempos em tempos nos deparamos com novidades que marcam ou revolucionam o cinema. Foi assim quando há pouco tempo atrás Tarantino fez Cães de Aluguel e renovou os diálogos em filmes de ação, enquanto A Bruxa de Blair mostrou a força da divulgação do cinema pela internet. Matrix foi lançado e seguido por uma legião de fãs maravilhados por suas cenas de ação bem coreografadas e seu conceito. E ainda mais recente, a super-hiper-mega produção de Avatar que explorou ao máximo os modernos recursos tecnológicos da indústria cinematográfica. Isso apenas para citar algumas das mudanças nos últimos tempos.

Porém, mesmo nesta era de efeitos especiais mais realistas que nunca, o cinema consegue nos surpreender de outra forma, desta vez com um filme mudo, em preto e branco, chamado The Artist.


Arrebatando prêmios em diversos festivais, incluindo o Globo de Ouro, entra como forte candidato nos principais prêmios do Oscar, que acontecerá no final deste mês de fevereiro. É bem curioso acompanhar esta repercussão por um filme como este em pleno século XXI. E quem poderia imaginar o interesse que este filme causaria a ponto de ser um dos mais comentados no momento?

O cinema, que teve seu início no final do século 19, levou algumas décadas para ter seu primeiro filme falado. Com o desenvolvimento inicial do cinema e a expansão em diversos países, foco na Europa e EUA, o cinema mudo, a partir de 1920, viveu sua melhor fase e também sua queda. Com produções que variavam em diversos gêneros, da ação à comédia, do romance ao terror, dos musicais aos épicos e por aí vai, muitas pérolas cinematográficas realizadas nesta época, influenciaram boa parte dos filmes que assistimos hoje em dia. Os primeiros filmes de vampiros (Nosferatu), O Fantasma da Ópera e Robin Hood, entre outras adaptações clássicas, tiveram suas primeiras versões nesta época. Clássicos de Charles Chaplin e filmes surrealistas como O Cão Andaluz de Luis Buñuel, são alguns entre muitos exemplos que marcaram esta era.


No final dos anos 20, com a evolução esperada da tecnologia, os primeiros filmes falados foram feitos e uma nova revolução no cinema teve início. Aliás, é bom comentar que a história do filme The Artist tem como base a difícil transição do cinema mudo para o falado. Muita gente do meio não conseguiu se adaptar.

Com estréia prevista para este final de semana, dia 10 de fevereiro, será curioso acompanhar a repercussão deste filme no Brasil. Lá fora, já tem gente dizendo que este resgate nostálgico pode ser a mais nova revolução no cinema. Uma certeza você pode ter... Gostando ou não, ao assisti-lo nos cinemas, verá no mínimo algo diferente e, pra quem gosta de cinema, isso já vale muito.


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